Pelo mapa de distribuição da precipitação média anual apresentada por Gilmar, enquanto no Agreste temos chuvas de até 1600 milímetros por ano, no Seridó este número não chega a ser de 600, e 74,9% do total de chuvas no Seridó ocorre entre fevereiro e maio. O meteorologista também explicou as irregularidades de nossas chuvas. “A chuva que acontece aqui vem de fora. Ela se forma no nordeste, mas as condições são externas. O nordeste não produz chuva, isso é uma verdade. As chuvas se formam a milhares de quilômetros daqui”, disse Gilmar ao Blog do Marcos Dantas.
Outro ponto levantado por Bristot é com relação a influência do vento na chuva. “Como é que uma nuvem vai se formar se você tem um vento forte batendo nela? 2012 e 2013 aconteceram isso, você formava a nuvem, batia o vento, e ela dissipava. Ontem a gente observou vento forte, mas no final da tarde já observávamos chuvas em Jucurutu, se deslocando para a região de Caraúbas. As condições boas de chuvas é quando o vento vem do nordeste”, explicou. As previsões de chuvas são feitas a partir das informações dos Oceanos Pacífico, Atlântico Norte e Sul. Se a temperatura do Atlântico Norte ficar acima de 25 graus não chove, e a Zona de Convergência não desce.
“O atlântico norte tem que baixar, e o Sul subir, para termos um inverno garantido. Se o Atlântico norte não baixar de 26 graus, não chove. Esse amo o Atlântico norte está mais frio do que o ano passado, e o Sul mais quente, e se continuar, a Zona de Convergência sai de lá e desce, já que ela não gosta de água fria, e precisa estar sempre em cima de águas quentes para se formar as nuvens. Há uma garantia de que neste período chuvoso não vamos ter influência do oceano pacífico, só olhando o atlântico. As chuvas que se formam sobre a Amazônia está começando a migrar sobre o nordeste, está havendo uma concordância dos sistemas de meteorologista vindo para o nordeste”, finalizou Gilmar.
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