A
Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou, na noite deste
sábado (6), que cerca de 20 presos envolvidos na rebelião do presídio de
Governador Valadares, no Leste de Minas, se entregaram por volta das
17h30. Em nota, a Seds não informou o número total de presos rebelados e
o número de pessoas feitas reféns. Trinta homens do Comando de
Operações Especiais da PM de Belo Horizonte chegaram ao presídio por
volta das 19h. Segundo a secretaria, os presos que se renderam serão
transferidos, e o presídio passou a noite sob um cerco da Polícia
Militar e do Grupo de Intervenção Rápida (GIR). "Nenhuma ação será
tomada antes da manhã deste domingo (07), diz o comunicado do governo
estadual.
Segundo
agentes penitenciários ouvidos pelo G1, cerca de 40 pessoas, incluindo
grávidas e crianças, foram feitas reféns no início do motim, que
aconteceu nos blocos B e D do presídio, enquanto visitantes estavam em
um dos dois pátios existentes no local. Porém, de acordo com a Seds, "os
rebelados estão também liberando aos poucos os visitantes que
permaneciam no interior da unidade".
A
Seds informou ainda que os cinco presos levados para o Hospital
Municipal durante a tarde do sábado não correm risco de morrer. Eles
foram atirados do segundo pavilhão do presídio por vários detentos que
estavam em cima do telhado, de uma altura de mais ou menos seis metros, e
deixaram o presídio em ambulância.
Ainda
de acordo com a Seds, "até as 14h, havia notícia de um preso ferido sem
gravidade em uma das pernas" dentro do presídio, e nenhum agente
penitenciário foi ferido. "Todos os acessos ao presídio foram bloqueados
pelas forças de segurança pública e as negociações continuam", diz a
nota.
Entenda o caso
O presídio tem "aproximadamente 800 presos", segundo a secretaria, mais de três vezes a capacidade do local, que foi feito para abrigar 290 presos. De acordo com o governo, a rebelião começou no início da manhã do sábado depois que presos dos blocos B e D quebraram as grades das celas. Em seguida, os presos tomaram outros pavilhões e a área administrativa do presídio. A Seds diz que a direção do presídio conseguiu retirar as armas existentes no local, mas, de acordo com o presidente da OAB de Governador Valadares, Elias Souto, que teve acesso ao presidio há sim alguns detentos armados.
O presídio tem "aproximadamente 800 presos", segundo a secretaria, mais de três vezes a capacidade do local, que foi feito para abrigar 290 presos. De acordo com o governo, a rebelião começou no início da manhã do sábado depois que presos dos blocos B e D quebraram as grades das celas. Em seguida, os presos tomaram outros pavilhões e a área administrativa do presídio. A Seds diz que a direção do presídio conseguiu retirar as armas existentes no local, mas, de acordo com o presidente da OAB de Governador Valadares, Elias Souto, que teve acesso ao presidio há sim alguns detentos armados.
Os
rebelados quebraram grades das celas e atiraram objetos pelas janelas.
Alguns presos colocaram fogo em colchões, subiram no telhado, acenaram e
atiraram telhas. Segundo a Seds, a rebelião acontece em todo o
presídio.
A
negociação começou por volta das 12h, de acordo com o governo. O major
do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar de Minas
Gerais está à frente das negociações. Ainda de acordo com a Seds, os
presos reivindicaram a presença do juiz da vara criminal de Valadares,
Tiago Colnago Cabral. Ele chegou no local por volta das 13h e tentou
negociar com os detentos.
Segundo
o presidente da OAB de Governador Valadares, Elias Souto, os presos
reivindicam uma solução para o problema da superlotação no presídio.
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