O policial
civil Tibério Vinícius Mendes de França, acusado pela morte do também
policial civil Iriano Serafim Feitosa, foi preso pela Polícia Federal na
cidade de Salgueiro, no sertão de Pernambuco. Iriano foi assassinado a tiros no dia 3 de fevereiro deste ano no conjunto Cidade Satélite, na Zona Sul de Natal. Tibério, de acordo com a PF, foi preso em flagrante por envolvimento com tráfico de drogas.
Os detalhes da prisão de Tibério só serão repassados à imprensa nesta sexta-feira (29). "A
prisão está confirmada. Ele foi flagrado traficando drogas. Não podemos
adiantar outros detalhes porque o policial civil ainda está depondo.
Todas as informações sobre a prisão serão repassadas nesta sexta", falou um policial federal de Pernambuco.
Tibério estava foragido desde o dia 17 de junho, quando fugiu da prisão dentro do mesmo terreno onde funciona o quartel do Bope,
a cavalaria e o canil da PM, na Zona Norte da cidade. À época, a
Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Sesed) informou
que está apurando a fuga e que o policial é considerado fugitivo da
Justiça.
Ainda de
acordo com a Sesed, Tibério foi visto pela última vez durante uma
contagem de presos feita pela manhã. No dia 17 de junho seria realizada a
audiência de instrução e julgamento do policial pelo assassinato de
Iriano. A Sesed informou que quando uma equipe da Divisão Especializada
em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor) foi buscá-lo para
a audiência, por volta das 10h, Tibério já não estava mais dentro da
prisão.
No dia seguinte à fuga, a viúva de Iriano Feitosa disse que se sentia medo constante. "O
medo é constante, permanente. Ele já matou meu marido e atentou contra a
minha vida. Nada o impede de me procurar e tentar mais uma vez me
matar. Com esse criminoso solto, quem está presa agora sou eu".
Tibério
havia sido preso no dia 22 de março. O policial também é apontado pela
Polícia Federal como suspeito de envolvimento com grupos de extermínio, investigação que faz parte da operação Thanatus, deflagrada em dezembro do ano passado.
Esposa do policial, a advogada Ana Paula Nelson contou que estava no carro no momento do atentado. "Acho
que o crime não foi planejado para ser ali, daquela forma. Esse
policial se aproveitou de um descuido do meu marido. Ele se aproximou
sozinho em uma moto e, sem parar, efetuou vários disparos. Como os tiros
foram do lado onde estava o Iriano, ele foi atingido mais vezes e eu
acabei sendo baleada duas vezes", lembrou.
Fonte: G1/RN.
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