Categoria modificou os carros, pistas e adicionou dispositivos para evitar fatalidades
Por muitas décadas, ser um piloto de Fórmula 1 foi uma profissão de altíssimo risco. Hoje, ainda não dá para dizer que a carreira nas pistas é 100% segura. Mas um dos legados do trágico dia 1º de maio de 1994 foi tornar a categoria menos letal. Até as mortes de Ayrton Senna e Roland Ratzenberger, no fim de semana do GP de San Marino, em Ímola, há 30 anos, 32 pilotos haviam morrido em ação. Desde então, houve apenas um acidente fatal: Jules Bianchi, em 2015, que morreu meses depois de uma batida no GP do Japão de 2014.
Após a morte de Senna na curva Tamburello, a mais de 300km/h, a FIA promeveu uma série de mudanças que, caso o acidente do brasileiro fosse hoje, dificilmente teria sido fatal. Na ocasião, o tricampeão perdeu a direção da sua Williams na sexta volta da corrida— como hipóteses há quebra da barra de direção, pneus danificados ou falha humana — e se chocou no muro de concreto. O braço da suspensão perfurou o capacete do brasileiro, que foi atendido ainda na pista à vista de todos (procedimento que foi modificado após aquele fim de semana).
Os acidentes são inerentes ao esporte e não deixaram de existir, claro. Batidas fortes, capotagens, carros pegando fogo ainda fazem parte do cenário de uma corrida de Fórmula 1. Mas as chances de o piloto sair andando do cockpit são bem maiores do que há três décadas. Robert Kubica, Romain Grosjean, Lewis Hamilton, Zhou Guanyu são provas disso.
Todos eles, e outros tantos, foram beneficiados pelas profundas modificações na segurança geral da Fórmula 1. Antes das mortes de Senna e Ratzenberger, a categoria havia ficado 12 anos sem um acidente fatal. O último havia sido Riccardo Paletti, em 1982. Mesmo ano em que o automobilismo perdeu Gilles Villeuneuve. E, por isso, mudanças já haviam sido feitas para tornar as provas mais seguras.
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