Tribuna do Norte - Titular
da Vara de Execuções Penais de Natal, o juiz Henrique Baltazar dos
Santos afirma que o Estado irá transferir alguns dos líderes dos motins
realizados nos últimos dias, nas unidades prisionais da Grande Natal,
para unidades federais. Entretanto, não se sabe ao certo quais e quantos
presos mudarão de cárcere, pois ainda estão sendo identificados. Há
apenas uma unidade federal no Rio Grande do Norte, a Penitenciária
Federal de Mossoró. Dessa forma, os líderes do movimento podem acabar
sendo transferidos para outros estados.
“Eu tenho
sido convidado para participar de reuniões com o governo. Discutimos
alternativas e damos sugestões. Participam, geralmente, o governador,
representantes da Polícia Militar, da Coordenadoria de Administração
Penitenciária, da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania, dentre
outros órgãos. As decisões são sigilosas, mas posso adiantar que
pretende-se apressar a construção de algumas unidades prisionais e
transferir alguns presos para unidades federais. Estamos identificando
os líderes para realizar essas transferências”, disse.
O juiz disse, ainda, estar preocupado com a situação do sistema prisional no Rio Grande do Norte. “As principais causas dessa crise são a superpopulação nas unidades prisionais e o número insuficiente de agentes. A situação é preocupante. O Estado precisa agir rapidamente. É necessária uma atitude imediata, porque se continuar da forma como está se perderá totalmente o controle”, completou.
Na última quinta-feira (12), detentos de
três cadeias da Grande Natal realizaram motins simultâneos, na
Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na Penitenciária
Estadual de Parnamrim (PEP) e no Presídio Provisório Professor Raimundo
Nonato (CDP), zona Norte de Natal. Nesta segunda-feira (16), os presos
fazem novos motins nas unidades de Alcaçuz e também no Complexo Penal
João Chaves, na zona Norte da capital potiguaO juiz disse, ainda, estar preocupado com a situação do sistema prisional no Rio Grande do Norte. “As principais causas dessa crise são a superpopulação nas unidades prisionais e o número insuficiente de agentes. A situação é preocupante. O Estado precisa agir rapidamente. É necessária uma atitude imediata, porque se continuar da forma como está se perderá totalmente o controle”, completou.
G1RN - “Não
há possibilidade de negociação com os presos”. A afirmação é da
secretária de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte,
Kalina Leite Gonçalves, e foi dada na noite desta segunda-feira (16)
após uma nova onda de rebeliões em unidades prisionais do estado.
“O que o poder público tem que fazer é
garantir os direitos constitucioniais. Agora, nenhuma possibilidade de
negociação com preso. O preso tem uma norma a seguir, que é através do
processo judicial. Ele tem que ficar encarcerado com as normas da lei de
execução penal.
O poder executivo não pode intervir de
forma alguma. Isso é a cargo do Ministério Público e do Poder
Judiciário. A progressão de pena, a avaliação do processo judicial, de
forma nenhuma o estado pode transigir nessas questões. O Poder Público
tem que garantir os direitos”, afirmou Kalina, em entrevista à Inter TV
Cabugi.
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