segunda-feira, 2 de setembro de 2019

‘Espero que minha filha, agora, descanse em paz’, diz mãe de adolescente de Goianinha assassinada em canavial na Paraíba


Karolina Oliveira Gomes tinha 16 anos — Foto: Arquivo Pessoal
‘Espero que minha filha, agora, descanse em paz’. As palavras são da dona de casa Ednilda Fernandes, logo após saber da prisão de um caminhoneiro, em Pernambuco, apontado pela Polícia Civil como o homem que assassinou a facadas a filha dela, a adolescente Karolina Oliveira, de 16 anos. O crime aconteceu no início de agosto, na Paraíba, mas chocou também o Rio Grande do Norte, onde a menina morava.
Karolina foi vista pela última vez na noite de 5 de agosto em Goianinha, na Grande Natal, onde morava com os pais. Ela foi encontrada morta na manhã seguinte, em meio a um canavial na zona rural de Mamanguape, na Paraíba. Ela estava nua e havia marcas de facadas pelo corpo. Já o caminhoneiro, que nega o crime, foi preso neste final de semana na cidade de Custódia, em Pernambucano.
“Recebi a notícia à noite, pelo delegado. Nestes dias todos, eu praticamente não vivi. Deus que tá me segurando em pé. Esperamos todos os dias esta notícia, da prisão dele. Espero que minha filha, agora, descanse em paz”, disse Ednilda, em entrevista à Inter TV Cabugi na manhã desta segunda (2), em Goianinha.
O caminhoneiro, que aparece em imagens de câmeras de vigilância na cidade de Goianinha abordando mulheres no meio da rua, nega ter tido contato com Karolina, muito menos de tê-la levado em seu caminhão até a Paraíba e depois a matado. Laudos periciais atestam que a vítima não sofreu abuso sexual. A Polícia Civil chegou ao caminhoneiro após rastrear o telefone celular da menina, que há poucos dias foi encontrado em poder de dois homens, que também foram presos no estado de Pernambuco.
Ainda de acordo com a mãe de Karolina, ela não acredita nas palavras do caminhoneiro. Para ele, o suspeito mente. “Jamais. Não acredito em uma palavra sequer que ele tenha dito. Eu acredito, sim, na investigação”, afirma Ednilda.
“Sinto falta de tudo dela, das horas que ela chegava da escola, da hora do almoço, dos passeios que a gente fazia. Tudo que fazíamos era com ela. A gente era carne e unha. Eu era ela e ela era eu. Era uma menina que não tirava o sorriso do rosto”, acrescentou dona Ednilda, emocionada.
O pai de Karolina, o mestre de obras Francisco Gomes, também disse que aguardava ansioso pela prisão do suspeito. “Eu tava esperando isso todos dias, todos os minutos”, revelou.
G1RN

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