domingo, 1 de outubro de 2023

Crime organizado pressiona Governo do Estado por visitas íntimas, relata sindicalista do Sindppen-RN

 

O crime organizado tem pressionado o Governo do Estado para autorizar as visitas íntimas no sistema prisional do Rio Grande do Norte. O relato é da presidente do Sindicato dos Policiais Penais do RN (Sindppen-RN), Vilma Batista. A representante do Sindppen-RN explicou que até o momento não existem visitas íntimas, mas que a possibilidade tem sido bem vista pela gestão da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP).

“O sindicato dos policiais penais já não é bem-vindo na Secretaria Estadual de Administração Prisional, porque eles só querem ouvir um lado e nós defendemos o lado do Estado, do servidor e do sistema prisional.”, contou a presidente do sindicat

ela afirma que o objetivo do Sindppen-RN não é se meter na gestão, pelo contrário, eles têm acompanhado o modelo da gestão para não comprometer o controle do sistema prisional.

“O sindicato dos policiais penais é um sindicato sério, não é um sindicato que defende nem lado A, nem lado B, nem de direita, nem de esquerda, nem de meio. O sindicato defende a categoria, defende o Estado. Nosso sindicato se preocupa sim com o sistema prisional, com as condições de trabalho, com o que a gestão está fazendo, onde o dinheiro público entra, onde sai e principalmente com a valorização do servidor penitenciário.” relatou Vilma Batista.

Ataques em março

Em março de 2023, ataques criminosos foram registrados no Rio Grande do Norte. Entre as motivações dos ataques, estava a reivindicações por “regalias”, incluindo a visita íntima.

“Pelo que foi levantado pela inteligência e investigações da Polícia Civil, Polícia Federal e Ministério Público, presos que estavam dentro do sistema prisional receberam visitas de pessoas e ordenaram ataques. Eles reclamam que o sistema não tem visita íntima e facilidade do uso de comunicação externa”, afirmou o secretário de Segurança Pública, coronel Araújo, em entrevista ao GloboNews na época.

As reivindicações não podiam ser atendidas porque a Lei de Execuções Penais não prevê as regalias.

AgoraRN

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