Mapa foi apreendido com o grupo criminoso que agia estourando agências bancárias (Foto: Isis Coelho)
O superintendente da Polícia Civil na região de Campina Grande/PB, delegado, Marcos Paulo Vilela, confirmou ao Blog Sidney Silva, esta semana que foram presos no final de semana passado, outros membros de uma quadrilha especializada em estouro, com o uso de explosivo, de agências bancárias.
Na segunda-feira, (07), foram anunciados para a imprensa paraibana, os detalhes da ação que culminou com prisões e apreensões no estado vizinho. Entre os material que estava de posse dos bandidos, foi encontrado um mapa onde estavam apontadas às 12 cidades alvo de explosões contra agências bancárias este ano na Paraíba e no Rio Grande do Norte. Três suspeitos foram presos na operação denominada ‘Mapa da Mina’. Eles foram identificados como Jonathan Ferreira do Nascimento, Jardel Guelquedes e Júnior Victor, mais conhecido como “Júnior Bomba” ou “Júnior de Puxinanã”. Outros membros do bando foram identificados como Cleberson Antônio, mais conhecido por “Tumulto” (está preso, e é natural do Rio Grande do Norte), e Antônio Sebastião de Lima Filho, mais conhecido por “Nêgo”, que está foragido.
As investigação para desarticular o grupo criminoso, que continua, foram iniciadas após a explosão ocorrida na agência bancária da cidade de Caturité/PB, no dia 28 de agosto, passado. Até agora, sete pessoas foram presas.
De acordo com o delegado, Marcos Paulo Vilela, na Paraíba, o mapa mostrava diversas cidades da Paraíba, marcadas pelos assaltantes como já feitas. Ou seja, às ações criminosas já tinham sido protagonizadas. São elas: Remígio, Gurjão, Areial, Cabaceiras, Juazeirinho, Olivedos, São José dos Cordeiros, São João do Cariri, Boa Vista, Livramento e São Sebastião de Lagoa de Roça.
No Rio Grande do Norte, o mapa mostrava a cidade de Serra Caiada, como sendo a próxima a ser invadida pelos assaltantes. Eles iriam praticar a ação na madrugada do dia 05 de outubro, passado, e não aconteceu por causa da prisão dos três membros do bando na sexta-feira, pela Polícia da Paraíba.
As prisões aconteceram na cidade de Puxinanã. Lá, os policiais apreenderam vasto material, sendo duas espingardas calibre 12, uma pistola 380, uma pistola 9mm, uma pistola .40 e quatro revólveres calibre 38; quatro carros e uma moto; duas dinamites; 30 papelotes de crack e duas balanças de precisão e o mapa da Paraíba.
Divisão de tarefas
O “China”, que foi preso após o estouro do banco em Caturité, era o responsável pelo resgate do grupo quando dava errado, ou seja, quando a polícia chegava imediatamente. Nesse caso, eles tinham que abandonar os carros entrar no mato em fuga. Nesse momento, o “China” era contactado para fazer o resgate.
O Raif – preso após a ação em Caturité – e o Júnior Bomba – preso no dia 04 de outubro – eram os líderes do bando. Eles faziam às divisões de tarefas e dos “ganhos” com os assaltos. O Júnior ainda fazia às dinamites. Os dois ainda eram homens de frente da ação, ou seja, eles participavam diretamente do estouro das agências.
O Jonathan – preso na sexta-feira, dia 04/10 – era o responsável por guardar e transportar às armas usadas pelo bando. Ele ainda realizava o trabalho de levantamento das agências, como era a cidade, a movimentação da polícia.
O norte-riograndense, Cleberson Antônio ou “Tumulto”, era o responsável por conseguir armas para o bando. Nesse caso, a forma utilizada era o roubo. Ele roubava armas ou adquiria por preços muito baixos, além dos carros.
O Nêgo – que está foragido – participava diretamente da ação do estouro. Ele era um dos homens de frente da ação delituosa.
Outro membro do grupo que agia na linha de frente, segundo a policia, era o Gaúcho, que morava em Caicó, e que foi preso após a ação criminosa de Caturité/PB.
Divisão do dinheiro roubado
A divisão do dinheiro roubado pela quadrilha era feita de acordo com a importância da participação de cada um, ou seja, que estava diretamente no ataque ao banco recebia mais.
De acordo com o delegado Marcos Paulo Vilela, nos depoimentos, os presos disseram que quando o roubo “dava certo”, rendia para os líderes, algo em torno de R$ 100 mil. Os demais membros, os que faziam levantamentos ou o que resgatava o grupo, por exemplo, recebiam menos.
Outra informação confirmada ao Blog Sidney Silva pelo delegado, Marcos Paulo Vilela, é que o grupo é muito maior. “O grupo não tem apenas 8 pessoas, como a gente já identificou. Ainda tem outro detalhe, eles tem contatos com outros grupos em outros estados. Eles chegam a emprestar seus membros, e assim vão perpetrando suas ações criminosas”, disse.
O delegado, confirmou que esse grupo vai ser responsabilizado pelo estouro de pelo menos 13 agências bancárias no estado da Paraíba, este ano.
Os membros do grupo realizavam outras atividades para manter o “atividade fim” que era o estouro de agências bancárias. Praticava pequenos roubos, como a carros, armas, além da venda de drogas. Nós fizemos uma conta rápida aqui e se der certo, cada um deve pegar em média, 40 anos de prisão pelos diversos crimes que cometeram.

Fonte de Sideney Silva