
O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, criticou duramente a política fiscal do governo Lula e a tentativa do Executivo de restaurar, por meio do Supremo Tribunal Federal (STF), o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), medida derrubada pelo Congresso. Em discurso nesta sexta-feira (4), Marinho afirmou que o governo tenta “burlar a vontade do Legislativo” e acusou o Planalto de provocar uma crise institucional ao recorrer ao Judiciário.
Segundo o senador potiguar, o uso de decretos regulatórios para recompor as contas públicas é uma distorção do papel do IOF, que deveria ter caráter apenas regulatório. Marinho também responsabilizou o governo por manipular o orçamento e apontou um “rombo planejado” nas contas públicas, mencionando um déficit de mais de R$ 70 bilhões. “Estamos vendo um governo que não tem compromisso com o equilíbrio fiscal, mas apenas com sua sobrevivência política”, afirmou.
O parlamentar direcionou críticas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e ao discurso de justiça tributária do governo. “Quem paga IOF é quem compra nas Casas Bahia, é quem usa cartão de crédito. Não são os ricos. Enquanto isso, os bancos lucraram quase R$ 180 bilhões em 2024”, disse. Marinho encerrou seu discurso afirmando que o Brasil vive um colapso fiscal e que, com as atuais regras, será impossível cumprir o piso constitucional da Previdência e dos benefícios sociais em 2027.
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