Atualizada às 16h30min
A Polícia pediu a prisão do atual prefeito de
Granjeiro, Ticiano Tomé, e do pai dele, Vicente Félix de Souza, 60. A
Justiça, porém, não deferiu o pedido, resultando apenas na determinação
da utilização de tornozeleira eletrônica por Vicente, que é ex-prefeito
de Granjeiro. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa
Social do Estado do Ceará (SSPDS), os dois são suspeitos de envolvimento
na morte do prefeito João Gregório Neto, 54, assassinado no último dia 24 de dezembro.
Além desses dois pedidos, a Polícia também solicitou a
prisão de um homem que está foragido e é apontado como um dos
executores; essa solicitação a Justiça deferiu. Segundo a SSPDS, o
assassinato pode ter sido motivado por desavença política entre a vítima
e outros políticos.
Na manhã desta quinta-feira, 9, mandados de prisão,
busca e apreensão domiciliar e pessoal foram cumpridos pela Polícia
Civil, contra suspeitos de participação na morte do prefeito de
Granjeiro, João Gregório Neto, assassinado em dezembro último. Conhecido
João do Povo, o gestor caminhava no entorno do açude Junco na manhã da véspera de Natal quando foi atingido por três tiros.
Ação da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) ocorre
por meio do Departamento de Polícia Judiciária do Interior Sul (DPJI
Sul). As buscas ocorrem no município de Granjeiro e no Estado de
Pernambuco.
Durante as buscas, viaturas estiveram na casa do atual prefeito, Ticiano Tomé, onde mora com o pai, que também foi prefeito de Granjeiro, Vicente Tomé. Lá,
a Polícia apreendeu um veiculo S10, de propriedade de um parente de
Vicente que supostamente foi usado para dar apoio ao crime, documentos e
aparelhos celulares nos endereços alvos da operação, que serão
utilizados como objeto de análise.
Ainda conforme O POVO apurou, dias atrás, um veículo usado durante a execução já havia sido apreendido.
O presidente da Câmara de Granjeiro, vereador Luiz
Márcio Pereira (PMN) afirmou em entrevista à rádio CBN Cariri que o
clima na cidade é de apreensão por parte dos moradores. "Tá um clima
muito triste, pesado, pior do que tava", relatou.
Ele diz ainda que o atual prefeito está "organizando a
casa" nessas primeiras semanas no cargo: "Trocou secretário, colocou as
pessoas de confiança dele. Tá organizando a estrutura ainda". Ainda de
acordo com ele, o prefeito estaria tocando obras pontuais em "hospital e
calçamento".
Investigação
João
Gregório Neto era investigado pela Polícia Federal (PF), no âmbito da
Operação Bricolagem, que investigava fraudes em licitações. Em
novembro de 2018, a PF informou que o então prefeito havia movimentado
mais de R$ 26 milhões em uma conta de um familiar que era beneficiado
por aposentadoria rural. Foram encontrados R$ 213 mil escondidos em
caixas de sapato na casa dele.
Em julho de 2019, já na segunda fase da operação, um
assessor direto de João Gregório foi alvo. A Polícia Federal cumpriu
mandados de busca e apreensão em três empresas e uma residência, nos
municípios de Farias Brito e Várzea Alegre.
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