Ele cita Padre Zezinho como um bom exemplo a ser seguido
Do G1 – O cardeal João Braz de Aviz,
membro da Cúria Romana no Vaticano, fez uma visita a São José dos Campos
(SP), na última terça-feira (18/08/2015), para conhecer o Instituto das Pequenas
Missionárias de Maria Imaculada. Em entrevista ao G1, ele criticou a
postura de alguns padres cantores, mas preferiu não citar nomes. “Nem
tudo nos nossos padres cantores está claro, basta olhar. É preciso
voltar ao essencial, questionar o porque se está ali cantando aquela
música na televisão. Qual a razão que me faz estar aqui? É Jesus Cristo?
Minha fama? O dinheiro?”, afirmou.
O cardeal é considerado um dos homens de
confiança do Papa Francisco e afirma que o Vaticano não interfere
diretamente no cenário audiofônico católico. Para ele, a Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) seria o órgão mais indicado para
tal. “Não é bom deixar estragar tudo para depois mexer. Eu não cito
nomes, mas tem coisas chatas aí. Por outro lado fizeram coisas boas.
Daria para citar 3 ou 4 nomes, mas não vou fazer isso”, disse.
Dom Braz revelou que é um grande admirador do padre Zezinho, que aos 74 anos tem 118 discos em seu repertório. “Padre
Zezinho não se apegou à imagem e ao dinheiro. O que sobressai nele é
Jesus Cristo. Se o que conta é o dinheiro, a fama e o poder, mesmo que
você tenha uma bela voz e fale bonito, está errado”, afirmou. Sobre a vocação religiosa, o cardeal afirmou que uma de suas irmãs chegou a duvidar do seu celibato. “O
celibato não é não ter instinto ou vontade de casar. O celibato é outra
coisa. Precisamos pautar nossa vida em um testemunho simples e direto,
convicto. Se uma pessoa consagrada vive infeliz e carrancuda, pode ir
para outro lado, buscar outro caminho ou ela deve mudar”, disse.
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