quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Ciganos suspeitos de envolvimento na morte de PM são identificados e procurados na Bahia


Crime ocorreu no início do mês de novembro, na cidade de Jeremoabo, norte do estado.

Os suspeitos de envolvimento na morte do policial militar, José Bonfim Lima, tiveram os nomes divulgados nesta terça-feira (21) e estão sendo procurados pela Polícia Civil, segundo informações do delegado que investiga o caso, Ailton José de Souza.
O crime ocorreu no dia 2 de novembro, na cidade de Jeremoabo, no norte da Bahia, após uma briga em um bar da cidade. Na ocasião, dois ciganos morreram. A polícia apura o que pode ter provocado a discussão.
Conforme disse o delegado, Jelson da Silva, o “Gelson Cigano“, os filhos dele, Bruno Jordão Matos da Silva e Rogério Matos da Silva, além de Cosme de Jesus Silva e Carlos Daniel dos Santos Lima, que não são ciganos, já estão com mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça e são considerados foragidos.
Bruno Jordão Matos, filho de Jelson e outro suspeito de envolvimento na morte do PM no norte da Bahia (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Bruno Jordão Matos, filho de Jelson e outro suspeito de envolvimento na morte do PM no norte da Bahia (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
De acordo com as investigações, o PM brigou no bar com os filhos de Jelson, que não estava no estabelecimento. Houve luta corporal e um dos homens tomou a arma do policial, fugindo em seguida. Portando uma segunda arma, José foi à casa de Jelson e dos filhos. No local, houve uma troca de tiros, que resultou na morte do soldado.
Parece que a arma do policial foi levada para que não houvesse disparos, mas também ninguém da família de Jelson procurou a polícia para entregar a arma. O PM então foi em casa, pegou outra arma e foi na casa do cigano, para reaver o revólver que foi levado. Ainda não sabemos o que houve por lá, só que teve troca de tiros, o que resultou na morte do PM“, disse o delegado Ailton José.
Na época do crime, a polícia informou que cinco ciganos foram presos e levados para a delegacia de Euclides da Cunha, na região. Contudo, o delegado informou que os ciganos presos não são os mesmos investigados e que foram ouvidos para que a polícia pudesse apurar se eles tinham relação com o crime, mas o envolvimento deles nesse caso não foi comprovada. O delegado não tinha detalhes se os ciganos continuavam presos.
Ailton José informou, ainda, que o inquérito instaurado para investigar a morte do PM, apura também os assassinatos dos ciganos Lwillys Messias da Silva e Donizete Alves da Silva. Um deles morreu durante confronto com o PM e o outro em confronto com a Polícia Militar, quando a guarnição iniciou as buscas após a morte de José Bonfim.
O PM que foi morto estava na corporação há 14 anos e deixou esposa e um filho. O sepultamento dele ocorreu no dia 4 de novembro, no Cemitério São João Batista, em Jeremoabo.

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