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Se estivesse viva, Wilma de Faria completaria 80 anos nesta segunda-feira (17). Primeira mulher a governar o Rio Grande do Norte e a comandar a Prefeitura de Natal, a ex-governadora deixou um legado de coragem, pioneirismo e transformação social, especialmente na luta pelos direitos das mulheres.
Com uma trajetória marcada por grandes desafios e vitórias, Wilma enfrentou o domínio de oligarquias políticas e superou adversários que, até então, eram considerados imbatíveis. Como prefeita de Natal por dois mandatos e governadora do estado por duas gestões, liderou um amplo conjunto de obras e programas estruturantes, promovendo avanços na infraestrutura, na educação e na saúde.
Sua atuação na política começou antes mesmo de assumir cargos eletivos. Como primeira-dama do estado (1979–1982) e secretária de Trabalho e Bem-Estar Social (1983–1985), esteve à frente de iniciativas voltadas para o desenvolvimento social. Já como deputada federal constituinte (1987–1988), teve um papel decisivo na construção da Constituição de 1988, recebendo nota máxima do Diap por sua atuação.
Em 2016, foi eleita vereadora de Natal, mas sua trajetória foi interrompida precocemente pelo câncer, que a levou em junho de 2017, aos 72 anos. Seu exemplo, no entanto, segue vivo. Wilma abriu portas para muitas mulheres na política e na vida pública, provando que determinação e competência podem transformar realidades.
Nesta segunda-feira, seu legado será lembrado em uma celebração na Igreja Santa Terezinha, às 17h30, em homenagem àquela que marcou a história do Rio Grande do Norte.
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