Em entrevista à Rádio Rural, o promotor criminal Geraldo Rufino de Araújo Júnior, responsável pela acusação, disse “há necessidade de se esclarecer muita coisa”, mas na sua “ótica participação de Lailson está clara” no crime ocorrido em 18 de outubro de 2010.O julgamento seguirá a sistemática de ouvir as testemunhas de defesa e acusação, o interrogatório do réu, debate entre acusação e defesa, depois a votação e a sentença. “Estamos preparados para o tempo que se fizer necessário”, disse o promotor.
Caso F. Gomes: Quebra de sigilo telefônico revelou intensas ligações entre os réus no dia do crime
Uma das informações levantadas na investigação policial, que segundo o promotor, é forte no sentido de incriminar Lailson, é o relatório telefônico apresentado através de decisão judicial por empresa operadora de telefonia móvel.
“Naquele dia, ou seja, 18 de outubro de 2010, eles, (os réus), se comunicaram várias vezes por telefone, antes e depois do crime. Está provado. Ele, (Lailson), afirma que falava com Dão sobre uma questão de um celular, e tal… Ora, como é que eu com um crime em andamento, vou me lembrar de ligar para outro para concertar um celular meu que está quebrado ou coisa assim?“.
As ligações entre os réus ficaram comprovadas depois que a delegada Sheila Maria Freitas, diretor da Divisão Especial de Investigação e de Combate ao Crime Organizado – DEICOR solicitou a quebra do sigilo telefônico de cada um.
O Blog Sidney Silva teve acesso ao relatório e separou algumas ligações telefônicas:
* Lailson ligou para Dão no dia 18 de outubro de 2010, às (20hs 55min 14ss) e as (22hs 06min 40ss)
* Rivaldo Dantas ligou para Dão no dia 18 de outubro de 2010, às (22hs 21min 27ss)
* Dão ligou para Rivaldo no mesmo dia às (22hs 44min e 38ss)
* Rivaldo ligou para Dão no mesmo dia às (22hs 50min e 04ss)
* Rivaldo ligou para Lailson no mesmo dia às (22hs 53min e 29ss)
* Lailson ligou para Rivaldo no mesmo dia às (23hs 40min e 32ss)
* Lailson ligou para Rivaldo no mesmo dia às (23hs 46min e 51ss)
O promotor acha estranho Lailson Lopes afirmar que Dão estava tratando com ele sobre um aparelho telefônico que estava precisando ser consertado.
“Neste momento, pelo que aponta a investigação, o assassino de F. Gomes estava fugido da polícia, sendo perseguido pela cavalaria, se escondendo para não ser preso. Outra coisa, é que às 20hs, 55min e 14ss, Dão fala com Lailson. Ora…F. Gomes foi morto às 21hs05mi, e estando ele prestes a cometer o crime, iria ligar para conversar sobre um telefone que estava quebrado e tal?“, questiona.
Amizade
O réu, Lailson Lopes, afirma categoricamente que era amigo de F. Gomes, e que por tanto não teria motivos para mandar matá-lo. Diante dessa afirmação, o promotor ouviu testemunhas no decorrer do processo, e todas afirmaram que o réu não tinha amizades com a vítima.
“Sobre isso, nós ouvimos diversas pessoas. Procuramos ouvir pessoas próximas de F. Gomes, um deles, só pra citar, Chico Careca, amigo pessoal de F Gomoes. Ele afirmou sem titubear que os dois não tinham amizade. Lembrou até um episódio onde o Gordo foi preso e que F Gomes falou no programa de rádio. Lailson processou o radialista, então como é que eu sou amigo seu e vou lhe processar? Ai, eu acho que não tem amizade”.
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