Durante a operação Coiteiro deflagrada nas primeiras horas da manhã desta terça-feira, (25), em Caicó, o Ministério Público, confirmou que um dos presos na ação é investigado na morte de Isaac Soares de Oliveira Torres, ocorrida em maio de 2013.
Consta no release divulgado pela instituição que Jorge Lopes, é um dos investigados no crime, e que o homem apontado como o autor material do crime, Fernando Pereira Soares, foi acoitado em uma de suas fazendas. Recentemente, Fernando foi preso na cidade de Patos/PB.
Operação “Coiteiros” deu combate ao tráfico de drogas e a formação de milícia armada
Os crimes investigados são: constituição de milicia privada, homicídios, tortura, tráfico de drogas e associação para tal, corrupção ativa e passiva, entre outros. Os mandados foram compridos nas cidades de Caicó, Jucurutu, Florânia, Tenente Laurentino Cruz, Jardim do Seridó e Jardim de Piranhas.
Foram identificados dentre os foragidos que estiveram nas propriedades as pessoas de Fernando Pereira Soares, preso recentemente e investigado por 4 homicídios. Carlos Wiliano da Silva, conhecido com “Sula”, que tem mandado de prisão por crimes cometidos em Jardim de Piranhas; Messias Alves Dantas, condenado por crimes no estado da Paraíba e, mais recentemente, o grupo teria dado apoio para a fuga de Bartogaleno Alves Saldanha, foragido de Alcaçuz, condenado por vários crimes na região Oeste do RN.
O empresário “Henrique de Barra”, já responde por vários homicídios na Vara Criminal da Comarca de Macaíba/RN, por fato ocorrido no ano de 2005, quando teria assassinado Robson Maurício Oliveira, tendo permanecido foragido, conseguindo um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal para responder em liberdade. Já, Jorge Eduardo Lopes, é investigado pelo homicídio do caicoense, Isaac Soares de Oliveira Torres, fato ocorrido no dia 25 de maio de 2013, em propriedade na zona rural da cidade de São Fernando/RN.
O nome “Operação Coiteiro”
O nome de batismo da Operação, remete a uma expressão de uso tipicamente sertanejo, referente à conduta de “dar coito”, que significa a ação de articular esconderijo, dar apoio logístico (alimentação, dormida, deslocamento), financeiro, lobby, proteger, etc, a foragidos da Justiça, ou a pessoas respondendo a processos e com histórico de valentia, apto a causar temor a populares ou a atividades criminosas em geral.
Em troca, o “coiteiro” tem a seu dispor, em suas propriedades rurais, um grupo de homens temidos e dispostos, advindos dessa relação em espécie de comensalismo, tirando o “coiteiro” grande proveito, por imporem tais “colaboradores” medo, verdadeiro pavor efetivo ou potencial, a populares em geral e particularmente a devedores de transações privadas, bem como a possíveis autores de furtos em suas propriedades e até mesmo aos próprios trabalhadores de tais fazendas.
Tiveram novas prisões decretadas os já detentos Robson Fabiano Lopes de Araújo e Renato Oliveira dos Santos, os quais colaboraram com os ramos do grupo por meio de telefones celulares a que tinham acesso dentro dos presídios. O juiz de Caicó, determinou o recolhimento de todos os presos na Operação no Presídio de Nova Cruz/RN, onde a localização da unidade em área rural, não há cobertura de celulares.
Lideranças do tráfico são presas
Na base da organização criminosa há intrínseca relação entre a pistolagem e o tráfico de drogas, dentre outros crimes, ramificando o tráfico a partir de Caicó para outras cidades do Seridó.
Em Caicó, a Operação prendeu Aldson Vieira de Souza, conhecido como “Cascão” e Dárlison Lima Queiroz, conhecido como “Macuzinho”, que de acordo com as investigações seriam lideranças do tráfico nos bairros Walfredo Gurgel e Paraíba.
Na cidade de Florânia foram presas Klébia Monteiro Anulino e Joedson Silva do Nascimento e, em Jardim do Seridó foi presa Regina das Virgens dos Santos e Fernando Cloves de Macedo.
Diligências resultam em 13 flagrantes
Em dados parciais, no curso da operação foram realizadas 13 prisões em flagrante, sendo 02 por tráfico de drogas e 11 prisões por posse ilegal de armas de fogo
Fonte de Sidney Silva
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