Da Redação
Imagens: Kadu Lopes/TV Alterosa
A
troca de informações entre a PC/MG (Polícia Civil de Minas Gerais) e a
de São Paulo desbaratou na madrugada deste sábado (22) uma das mais
perigosas quadrilhas especializadas em explosões de caixas eletrônicos
que agia em cidades limítrofes dos dois estados.
Fortemente armados, inclusive com fuzis,
pelo menos 15 homens, divididos em sete veículos, chegaram por volta
das 2h da madrugada a Itamonte, Sul de Minas. Eles conseguiram explodir
um caixa eletrônico e depois foram surpreendidos por policiais civis
mineiros e paulistas. Na troca de tiros, motivada pela reação da
quadrilha, nove suspeitos morreram, cinco foram presos (três deles estão
feridos) e um fugiu para um matagal.
Segundo o chefe do Departamento de
Polícia Civil de Pouso Alegre (MG), delegado João Eusébio, e o titular
da Deic (Delegacia de Investigações sobre Roubo a Bancos) de São Paulo,
delegado Fábio Pinheiro Lopes, as buscas estão sendo feitas com o apoio
da Polícia Militar e da Polícia Civil de São Paulo. Um dos policiais
civis paulista foi baleado no braço, mas não corre risco de morrer.
Desde a manhã deste sábado estão sendo feitos os trabalhos de
reconhecimento dos corpos e o APF (Auto de Prisão em Flagrante) dos
envolvidos.
A
ousadia da quadrilha era tamanha que, além de roubar os cinco caixas
eletrônicos da cidade, a quadrilha planejava dominar o pelotão da
Polícia Militar local. Um dos confrontos se deu perto dessa unidade,
onde suspeitos também foram mortos. A Polícia Militar de Minas Gerais e a
PRF (Polícia Rodoviária Federal) também participaram da operação.
Fuzis, pistolas, dinamites e sete veículos foram apreendidos. Apesar do
cerco feito nas rodovias, dois integrantes da quadrilha conseguiram
fugir para São Paulo. Um deles, que estava com a bandeja de dinheiro
roubada do único caixa eletrônico explodido em Itamonte, foi preso em
Arujá (SP). Outro homem acabou detido em Guaratinguetá (SP).
Os serviços de inteligência das policias
civis de Minas e de São Paulo já monitoravam a quadrilha há vários
meses. Na tarde de sexta-feira (21), o chefe da Polícia Civil mineira,
Cylton Brandão, e o delegado geral da Polícia Civil Paulista, Luiz
Maurício de Souza Blazeck, trocaram telefonemas. O superintendente de
Investigação e Polícia Judiciária da PC/MG, Jeferson Botelho, fez os
últimos ajustes com colegas paulistas para a operação que surpreendeu a
quadrilha em Itamonte. “A polícia de São Paulo confirmou o plano de ação
dos criminosos. Nós reunimos 40 policiais que se somaram a outros 40
que vieram de São Paulo e acionamos a PRF e a PM. O confronto foi
inevitável, mas graças a Deus e ao trabalho conjunto, tivemos sucesso na
operação”, afirmou Jeferson Botelho.
Na condição de vice-presidente do Concpc
(Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil) para a região sudeste,
Cylton Brandão tem articulado a permanente troca de informações entre os
serviços de inteligência das policias. “A migração dos criminosos entre
os estados é constante e é conversando diariamente que podemos nos
preparar melhor para enfrentar as quadrilhas cada vez mais articuladas
que atuam pelo interior do País”, explica o chefe da Polícia Civil de
Minas.
Divisas seguras
O trabalho integrado das forças de segurança mineiras com as policias dos demais Estados é uma das estratégias adotadas pelo Sistema de Defesa Social de Minas para combater a criminalidade. A operação Divisa Segura, coordenada pela Seds (Secretaria de Defesa Social) tem realizado seguidas operações em cidades que fazem divisa com os Estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Espírito Santo.
O trabalho integrado das forças de segurança mineiras com as policias dos demais Estados é uma das estratégias adotadas pelo Sistema de Defesa Social de Minas para combater a criminalidade. A operação Divisa Segura, coordenada pela Seds (Secretaria de Defesa Social) tem realizado seguidas operações em cidades que fazem divisa com os Estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Espírito Santo.
Desde quando as fiscalizações começaram,
em março de 2013, 100 mil pessoas e quase 70 mil veículos foram
abordados. Quase 400 prisões aconteceram. Já foram apreendidos 300 kg de
explosivos, mais de uma tonelada de maconha, 469 pedras de crack, 38
armas de fogo, 5.941 munições, 1.119 pares de calçados, oito mil telhas,
860 estacas de eucalipto, uma tonelada de queijo e mais de quatro mil
mídias de CD e DVD, entre outros materiais.
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